feltrar um mosaico de lãs portuguesas?
A exposição sobre as Lãs Portuguesas que improvisei para a Festa de Outono resultou bastante bem, mas as amostras de velos estavam tanto no seu estado natural que era muito fácil desfazerem-se quando lhes tocávamos.
Manter as lãs no seu estado natural é algo absolutamente essencial para mim. Não há nada como ver e tocar nas lãs e bruto para percebermos o tipo de lã que temos à frente, através da estrutura e forma das madeixas e a gordura (ou falta dela).
Como no próximo ano gostava de voltar a fazer uma exposição semelhante, mas mais bonita e resistente para que possamos tocar nas amostras com toda a vontade, a Ana Rita sugeriu experimentarmos feltrar ligeiramente as bases dos velos para lhes dar mais consistência enquanto mantemos a parte frontal intacta.
No dia da oficina fizemos uma bela experiência com a amostra de Campaniça. Embora ainda tenhamos que afinar alguns pormenores para que resulte exactamente como eu gostaria, não há dúvida de que a técnica da feltragem me vai permitir construir um belo mosaico de lãs portuguesas!
The small exhibition about Portuguese Wool that I improvised for the Festa de Outono worked out really well, but the raw fleece samples were in such a natural state that it was really easy to fall apart when we touched it.
Keeping the fleece sample in their natural state is absolutely essential for me. There's nothing like seeing and touching a raw fleece to understand what kind of wool it is, through the lock shape and structures, the grease, etc.
Next year I would really like to do another exhibition, but more beautiful and resistant, so Ana Rita suggested that we tried felting a little the back of the samples, so that it would gain more consistency while keeping the front intact.
We experimented a little withe the Campaniça sample and, although we still have to work on some details to make it work as I imagine, there's no doubt that felting will allow me to finally build the portuguese wool mosaic I imagine!