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O Mesmo, Mas Diferente: Revisitar, Repensar e Renovar os Ofícios da Lã em Vinhais
A nossa intervenção no projeto “Cultura Para Todos em Vinhais” culminou com uma exposição que inauguramos em Agosto passado e que conta a história do trabalho que desenvolvemos ao longo destes quase 2 anos.
Dois dias de cultura Amuzga no Saber Fazer
Foram de facto dois dias muito especiais, estes em que recebemos a Gabina Valentína, uma tecedeira Amuzga de Xochistlahuaca, e a Inês Queirós da Fundação TuYo (responsável pela sua vinda à Europa), para divulgar a sua cultura e a técnica de tecelagem com tear de cintura mexicano. A Gabi esteve apenas em Amesterdão, Barcelona e cá no Porto, durante a sua primeira tour europeia, por isso foi mesmo um privilégio poder tê-la por cá!
Cultura Para Todos em Vinhais - Artes e Ofícios
Um dos projetos em que temos o imenso gosto de estar a trabalhar este ano é no Cultura Para Todos em Vinhais no âmbito do qual serão desenvolvidos ateliês, workshops e oficinas temáticas nas áreas das Artes e Ofícios, Teatro e Artes Performativas, Música e Dança, todas elas áreas com uma herança cultural riquíssima em Vinhais.
A área que ficará a nosso cargo, como já devem imaginar, será a das Artes e Ofícios.
Saber-fazer no Museu da Moda e dos Têxteis
Abriu há uns dias, em Vila Nova de Gaia, o Museu da Moda e dos Têxteis, um novo museu dedicado à moda e à história da indústria têxtil portuguesa. No início do circuito expositivo tem uma parte da exposição dedicada às matérias-primas, até ao fio, e à tecelagem que teve a nossa contribuição, em forma de consultoria técnica e científica, produção de textos, conteúdos e fornecimento de todos os materiais expositivos.
Aprender a tecer com o Rei
Fantástica e intensa, foi a Oficina de Iniciação à Tecelagem com o Fernando Rei que tivemos no passado fim-de-semana de 13 e 14 de Janeiro.
Aprender a Tecer, Tingir, Feltrar e trabalhar a Lã Portuguesa
As oficinas de Outubro começam já no dia 15 de Outubro e vão ser 3 fins-de-semana a ensinar a tecer, tingir, feltrar e trabalhar a lã do velo em bruto ao fio, na Quinta de Serralves.
No Museu da Indústria Têxtil da Bacia do Ave
No Museu da Indústria Têxtil da Bacia do Ave, os teares mecânicos ainda funcionam e são como música para os meus ouvidos.
Uma questão de perspectiva
Já escrevi sobre o caso do Daniel Harris antes, em 2012, mas é um caso que apetece revisitar porque entretanto o trabalho dele já cresceu e consolidou-se, e é agora um exemplo comprovado do que quis mostrar na altura.
As primeiras experiências
Mesmo estando soterrada em trabalho e sem tempo para escrever todos os posts que tenho para escrever, não quis de deixar de partilhar as primeiras experiências da Guida Fonseca com algumas das lãs descobertas através do processo de trabalho para o estudo comparativo das lãs produzidas pelas nossas raças autóctones, que estamos a desenvolver, na sua própria produção.
Trabalho em progresso com a Guida
Aproveitei a minha última ida "lá abaixo" para estar com a Guida Fonseca e trabalhar com ela naquele que espero que seja o próximo livrinho publicado pelo Saber Fazer. Com a Guida envolvida, o tema não é surpresa nenhuma - claro que tem a ver com Tecelagem.
Tempereiro
Tempereiro, a peça que se usa para esticar o pano no tear, para que não encolha enquanto se tece.
Fátima Gomes, Tecedeira
Os tapetes da D.Fátima Gomes ficaram-me na memória desde a primeira vez que os vi e toquei, em Agosto passado. Neles há um lado rústico que respeita a beleza natural da lã e, ao mesmo tempo, conseguem ser incrivelmente sofisticados na sua simplicidade.
Urdindo a teia
Como cada vez há menos teares manuais, e cada vez menos se trabalham neles, ter a oportunidade de ver e ajudar a urdir uma teia é relativamente raro.
Já tinha reparado que a teia do tear da D.Ilídia estava quase no fim e por isso insisti com ela para urdirmos uma nova um dia destes.
Lúcia, Tecedeira Profissional
Na curta visita que fiz à D.Lúcia ela mostrou-me o seu tear, muitas das mantas que teceu e ainda me deixou trazer emprestados os “riscos” que possui.
Ao contrário da maior parte das tecedeiras que tenho conhecido, Lúcia tece profissionalmente a tempo inteiro, por encomenda.
Mulheres de Bucos
Na Casa da Lã de Bucos, a lã ainda é processada de forma artesanal, sendo o ciclo completamente controlado por um grupo de mulheres que, da ovelha até ao fio, transforma as fibras da lã para diversos fins.
Casa do Trabalho do Nordeste
Com o passar do tempo, a lã transformou-se na minha matéria prima favorita. Embora não a use em todo o seu espectro (não tricoto, por exemplo), aos poucos venho a descobrir-lhe as possibilidades, vantagens e muita beleza.