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O recém-chegado
Por aqui fez-se uma pausa das andanças das lãs e afins para dar as boas-vindas ao nosso novo membro da família.
Bem-vindo, Nico! O Capitão gostou de ti, por isso podes ficar.
O verdadeiro custo daquilo que vestimos
Este documentário é daqueles a não perder. Demorei alguns meses a vê-lo, porque pelo trailer me parecia que era apenas uma colecção de filmagens de stock editadas para ilustrar um certo ponto de vista, mas nada disso.
A floração do Linho
Definitivamente a altura mais bonita na cultura do linho: a época de floração. As plantas já atingiram a sua altura máxima e ficam pontuadas pelas típicas flores de cor lilás que surgem apenas da parte da manhã, que vão caindo ao longo do dia.
A primeira a encasular
Andava eu a pensar "Mas quando é que estas lagartas vão começar a encasular?", quando encontramos esta pioneira a trabalhar, alojada na lateral de uma das caixas de madeira.
Inventário
A obcecada por informação organizada que há em mim está super-excitada com esta imagem que a Guida acabou de me enviar, com as amostras de todas as lãs portuguesas (mechas sujas e já lavadas), devidamente organizadas e identificadas.
Vê-las a crescer
Nascem com cerca de 1mm e crescem até cerca de 7.5cm, mesmo antes de começarem a dar sinais de quererem encasular.
Quando propus que fizessem uma criação de bichos-da-seda em Serralves, com vista à produção de fibra, pensei em começar com umas poucas lagartas - umas 150 no máximo - não só porque o faríamos pela primeira vez, mas porque não tinha a certeza quanto à quantidade de alimento necessária e se as amoreiras do parque seriam suficientes.
Nenhuma lagarta ficará para trás
Quando as lagartas ainda são bébés, ocupam um tabuleiro único, e limpar esse tabuleiro é fácil e rápido. Mas quando começam a crescer, temos de as espalhar por mais tabuleiros, para lhes dar espaço, e quando temos 11 tabuleiros para manter bem limpos, o trabalho complica-se e é preciso arranjar um sistema para facilitar a tarefa.
Lã Portuguesa - as madeixas em bruto
Entretanto, os trabalhos de processamento e análise das lãs portuguesas prosseguem nas mãos da Isabel e da Guida, já em Viana do Alentejo.
Por aqui, vou partilhando algumas imagens do trabalho em progresso que vou acompanhando à distância
Velos e mais velos de lã portuguesa
Deitamos mãos à obra e abrimos todas as embalagens que me tinham vindo a chegar durante semanas, para analisar e separar. Das Churras transmontanas às Algarvias, passando por diversas merinas, saloias e bordaleiras, foi um prazer ver e tocar em todas estas lãs nacionais pela primeira vez.
As lãs portuguesas de norte a sul
Estes são apenas alguns dos embrulhos que têm chegado a Serralves, de todo o país, com as lãs de todas as nossas raças autóctones.
Desde final de Abril que andamos a fazer contactos com associações e produtores para conseguirmos ter este material todo reunido e dar início ao que, a par do desenvolvimento dos ciclos de três fibras têxteis, também propus que fosse feito neste ano de 2015, a propósito do Saber Fazer em Serralves: uma publicação que se dedicasse a analisar e comparar as lãs produzidas pelas nossas raças autóctones.
O Linho em crescimento
Uma semana após a sementeira e parece que não ocorreu nenhuma das catástrofes previstas por mim. Os pássaros não acorreram em massa para comer as sementes, não as enterramos demasiado fundo para elas brotarem, nem matámos as pobrezinhas à sede.
De quanta semente é que precisamos e porquê?
Acho que a pergunta para a qual mais me esforcei para encontrar uma resposta clara junto das pessoas que consultei e do material que li foi relativamente à quantidade exacta de semente que iria necessitar para determinada área.
Os conselhos do Eng. Flávio Martins para o cultivo do linho
Haverão livros mais extensos sobre o assunto, mas considero estes escritos pelo Eng.Flávio Martins, nos anos 40, uma preciosidade porque tinham uma missão muito clara: assegurar que os agricultores que cultivavam o linho usado pela EFANOR possuíam toda a informação necessária para que a produção fosse de qualidade.
Cá estão eles!
Quatro dias depois da sementeira, os primeiros rebentos do linho galego começaram a espreitar.
O Linho - Sementeira
A investigação que andei a fazer até agora fez-me perceber o quão complexa é esta plantinha e como a qualidade do linho que vamos ter depende quase exclusivamente do que for feito precisamente na altura da sementeira, e bom, também de uma série de factores meteorológicos que não podemos controlar.
O Linho - preparação do terreno
O nosso Linho foi semeado mais tarde do que devia, a 23 de Abril. O plano era fazê-lo duas semanas antes, no final de Março/início de Abril, mas problemas relacionados com o equipamento que era necessário para mobilizar o solo, obrigaram não só a que o momento fosse sucessivamente adiado, mas também a mudar de localização para o cultivo, e esta data foi o melhor que conseguimos fazer.
O Engenheiro do Linho
Quando fui buscar as sementes de Linho Galego ao BPGV, e expliquei à Eng. Ana Maria Barata o que pretendíamos fazer e explorar com esta ideia de produzir e processar fibras têxteis sem Serralves, ela mencionou-me que tinha tido um colega no Banco que há alguns anos atrás tinha trabalhado num projecto relacionado com Linho, e que tinha andado a desenvolver equipamento que talvez achássemos interessante.
Ampliação das instalações
As lagartas crescem e com elas também tem de crescer o número de tabuleiros em que as temos. De um tabuleiro passamos a cinco.
Convém que o número de lagartas por tabuleiro seja controlado e que elas estejam espalhadas o máximo possível.
os ínstares e as mudas
As lagartas do bicho da seda, entre eclosão e encasulamento, sofrem um aumento de tamanho incrível e periodicamente têm que mudar a pele para conseguirem crescer - nascem com uns poucos milímetros e atingem cerca de 7 ou 8 centímetros antes de se preparar para encasular.